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Impaciência Crónica

Crónicas quinzenais sobre temas diversos e profundos, mas mais pró leve.

Impaciência Crónica

Crónicas quinzenais sobre temas diversos e profundos, mas mais pró leve.

É da idade...

Tms, 15.02.24

Está próximo o dia em que completarei 35 anos de vida e acho que surge a questão: estarei velho?

Os mais velhos dirão que não, mas os mais novos dirão que sim. Ambos podem concordar que poderei estar demasiado velho para algumas coisas, mas também ainda não tenho idade para outras. Isto aplica-se a qualquer idade, por isso fico na mesma.

Sozinho também não consigo perceber. Visto-me como quando era jovem, tenho os mesmos interesses de quando era jovem, mas não me comporto como quando era jovem, maioritariamente derivado de "isto vai dar merda" ou "não tenho energia para esta merda".

As revistas de lifestyle dizem que os 30 são os novos 20, mas com 20 anos não acordava com dores nos ossos e tenho a certeza que tinha mais cabelo no cocuruto. Eu também achava que "a idade é só um número" até fazer 30 anos e começar a grunhir de esforço cada vez que me levanto do sofá. 

A verdade é que nunca fui tão velho, mas gosto de me lembrar que nunca mais voltarei a ser tão jovem como hoje. Tenho de admitir que é de aproveitar.

Vemo-nos por aqui.

Carta aberta aos meus heróis

Tms, 01.02.24

Caros heróis (não vos irei mencionar pelo nome, para os outros não ficarem tristes),

Gostaria de começar por vos agradecer por todo o vosso trabalho até hoje, que tanta alegria e inspiração me tem trazido ao longo dos anos. Espero genuinamente que continuem por muitos mais!

Ouço atentamente cada palavra que proferem e ambiciono ser como vocês, mas só as partes que eu gosto, que as outras maçam-me um bocadinho. Isto de serem humanos, com defeitos, é meio "meh" para mim. Seria possível não serem assim (pergunta sincera)?

Eu compreendo que, hoje em dia, haja uma pressão social e, principalmente no vosso caso, profissional de criar muito conteúdo para a internet (conteúdo esse que aprecio bastante, na sua maioria) mas isso abre portas a algumas (pequenas) incongruências.

Um exemplo *coff--Ricardo Araújo Pereira--coff* é negar que as palavras possam causar dor. Podem não causar dor física, mas podem causar dor emocional. Parece-me apenas lógico concluir que: se as palavras, numa determinada ordem, podem provocar uma reacção involuntária chamada riso, também podem provocar outras reacções involuntárias mais desagradáveis. Aceitar essa lógica simples não significa que se esteja a assumir a intenção de magoar as pessoas, é só uma consequência possível.

Outro exemplo é de quem diz dizer aquilo que não se diz *coff--Bruno Nogueira--coff*, mas parece que ocupa parte desse espaço com parêntesis. Muito "Claro que com isto não quero dizer..." ou "Com isto não me estou a referir a...". O cumulo, para mim, é a edição (rara, felizmente) após a publicação. Uma story, que passado uma hora tem um texto ligeiramente diferente, ou até mesmo um episódio com uma secção removida, com uma desculpa de "O outro link deu merda". Um verdadeiro stalk--FÃ! eu queria escrever fã-- repara nessas coisas.

Percebo que isto sejam respostas ao público de hoje em dia, mais vocal e (penso ser o termo técnico) choninhas. A solução é simples: não se pode agradar a todos, por isso peço que se foquem apenas em agradar-me a mim.

Obrigado e

Vemo-nos por aqui.