Esta será, provavelmente, a minha última crónica.
E é uma pena, porque também é a minha primeira crónica e até acho que isto, com alguma prática, tinha potencial para ser giro. Este não é um caso de "os últimos são os primeiros" ou vice-versa, mas um reflexo da minha falta de auto-confiança.
Há uns anos surgiu-me a ideia (extremamente original) de escrever sobre temas diversos e profundos, tais como - inserir lista de temas diversos e profundos, mas mais pró leve - e comecei a apontar notas no meu caderno, decidi-me por um nome... mas também rapidamente começaram a surgir dúvidas e receios.
Conseguiria eu escrever algo de interesse ou, no mínimo, que entretivesse? Se sim, conseguiria fazê-lo regularmente, com ideias frescas ou, há falta de melhor, à temperatura ambiente? Mas quem é que ainda lê blogs?.. Estas dúvidas que, durante tanto tempo, me impediram de começar este blog, persistem ainda hoje.
Acredito que sejam pensamentos comuns e transversais a várias áreas da vida. Quantas vezes não desistimos antes de começar, demovidos pelas dúvidas e receios que insistem e persistem. Medo de falhar, medo de nos expormos ao ridiculo... No fundo, medo de demonstrar vulnerabilidade e sairmos magoados.
Neste caso, e apesar de tudo, persiste também a vontade de escrever, por isso... aqui estou eu! (gritou ele ao mundo, que respondeu com uma indiferença ensurdecedora.)
Que esta seja a minha última crónica no sentido de que é a mais recente.
Vemos-nos por aqui.